Comumente nos referimos ao material empregado nas embarcações como "alumínio"; entretanto, embora seja esse metal ductil o maior componente da liga, no caso das embarcações e outras estruturas resistentes, eles são uma liga de aluminio, denominada duraluminio.
Os duralumínios apresentam uma elevada resistência mecânica a temperatura ambiente, entretanto, sua resistência a oxidação, soldabilidade e aptitude para a anodização são baixas. São empregados na indústria aeronáutica e automobilística. Amplamente utilizado em materiais ( equipamentos ) de montanhismo tais quais mosquetoes, freios, etc.
Ao contrário do que muitos pensam, o nome Duralumínio não deriva de "Alumínio duro" e sim de Düren, cidade alemã onde foi descoberto, em 1906 pelo químico Alfred Wilm.
___________________________________________________________________________________
"NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO"
Ao falarmos que “navegar é preciso, viver não é preciso”, alguns logo citam a genialidade do escritor português, Fernando Pessoa. Indo um pouco mais adiante sobre o estudo dessa frase, aponta este que, o poeta ao mesmo tempo em que lançava uma sentença sobre a condição do homem, dialogava ricamente com a tradição histórica dos portugueses na exploração dos mares. Contudo, devemos saber que essa interpretação está longe de remontar as origens da afamada frase.
No século I a.C., os romanos viviam ativamente o seu processo de expansão econômica e territorial. Na medida em que Roma se transformava em um império de dimensões gigantescas, a necessidade de desbravar os mares, se colocava como elemento fundamental para o fortalecimento de uma das mais importantes potências de toda a Antiguidade. Foi nesse contexto que o general Pompeu, por volta de 70 a.C., foi incumbido da missão de transportar o trigo das províncias para a cidade de Roma.
Naqueles tempos, os riscos de navegação eram grandes, em virtude das limitações tecnológicas e dos vários ataques piratas que aconteciam com relativa frequência. Sendo assim, os tripulantes daquela viagem viviam um grave dilema: salvar a cidade de Roma da grave crise de abastecimento causada por uma rebelião de escravos, ou fugir dos riscos da viagem mantendo-se confortáveis na cidade de Sicília. Foi então que, de acordo com o historiador Plutarco, o general Pompeu proferiu essa lendária frase.
De fato, a afirmação do general Pompeu surtiu bons frutos. A viagem foi realizada com sucesso e o militar ascendeu ao posto de cônsul com amplo apoio das camadas populares romanas. Pouco tempo depois, esse mesmo prestígio o fez ser um dos integrantes do Primeiro Triunvirato que governou todo o território romano. Afinal, será que foi a vitória da história de Pompeu que levou o lendário escritor português a tomar empréstimo dessa instigante sentença? Quem sabe!
_____________________________________________________________________________
Grandes idéias, grandes negócios
Os Fenícios (região do Líbano/Siria hoje) foram considerados os maiores navegadores da antiguidade. Para se tornarem os donos do Mediterrâneo, os fenícios fizeram uso de diversas inovações, a maioria delas relacionada à tecnologia naval. Os navios de guerra usados pelos romanos e gregos eram basicamente uma criação fenícia. Foi deles a ideia de construir um navio a partir de um esqueleto posto numa doca seca, a partir da quilha central, outra invenção sua. Seus navios foram os primeiros a ter leme. Também foram eles que tiveram a ideia de distribuir os remadores em duas linhas, criando a birreme, que depois ganharia mais uma linha, tornando-se a trirreme. Esses eram navios de guerra, os remadores extras davam velocidade em manobras de abalroagem, bater em outro navio para afundá-lo, que se tornou a principal forma de guerra naval na época. Os navios de transporte usavam principalmente velas. Mas a criação fenícia mais duradoura é o alfabeto, do qual deriva o nosso. Usar letras para passar sons, e não ideias, como nos hierogrifos, foi uma simplificação revolucionária.
_____________________________________________________________________________________________________________
Histórico da Navegação
A navegação surgiu a partir da necessidade de sobrevivência do homem na questão relativa a pesca, e de transporte, onde o homem, de forma muito primitiva, resolve elaborar seu instrumento de transporte. Mais tarde, o comércio viria a lançar uma segunda proposta de transporte marítimo para seus fins específicos, os produtos. No princípio, navegava-se em pequenas embarcações nos rios e baías, procurando sempre as águas mansas, mais seguras e à vista de terra. Com a ampliação das estruturas o homem passou a se aventurar em viagens cada vez mais demoradas mas sempre à vista da costa.
Com o aparecimento da vela os navios tomaram maior raio de ação e aquela era utilizada como meio auxiliar de propulsão, visto que a propulsão principal era feita através de remos.
Os fenícios, com suas ambições comercias, foram os primeiros a se aventurar em alto mar com seus pequenos navios. Eles lançavam-se em aventuras arriscadas e assim obtiveram êxito na viagem de circunavegação à África, quando estavam a serviço do Faraó Neco I. Seus navios eram estreitos e compridos, movidos a pano e seguiam duas diferentes utilidades, ora de uso comercial, ora de guerra ou até mesmo simultâneos.
Já no decorrer dos séculos VIII e XI, os normandos evikings tomam o posto de grandes navegadores com seusdrakens e descobrem a Islândia, a Groenlândia entre outros lugares.
O aumento do tamanho dos navios, a invenção de uma série de instrumentos de auxílio náutico e o ensino levado a efeito na Escola de Sagres, fundada pela então monarquia portuguesa tiveram papel importante nas Grandes Navegações dos séculos XV e XVI. Foi aí que se deu a conquista de inúmeros lugares até então desconhecidos como a América descoberta por Cristóvão Colombo em 1492, a abertura dos caminhos para as Índias, por Vasco da Gama, em 1498, o descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 1500, e a primeira viagem de circunavegação realizada por Fernão de Magalhães em 1504.
Aproximadamente na metade do século XIX, dá-se um salto na substituição dos navios movidos a pano pelos movidos a vapor pegando uma carona neste momento na tão comentada Revolução Industrial.
Com os navios modernos, de aço, de grande raio de ação, dotados de maior conforto, instrumentos náuticos mais precisos e a introdução de métodos eletrônicos de obtenção da posição no mar as viagens tornaram mais rápidas e seguras.
Hoje esta significativa evolução se faz clara na comercialização entre países, onde o produto negociado passa de mão em mão de maneira altamente eficaz tanto na questão prazo, quanto na precisão de entrega. Outra importante consideração, é que no tocante ao transporte de passageiros intercontinental ou através de rotas mais curtas, o que se vê é um mercado de Navios Transatlânticos altamente lucrativo, inovador e cada vez mais preocupado com o bem estar das pessoas que neles freqüentam.